sexta-feira, 2 de novembro de 2012

PEPÊ, a GATINHA





Pepê é uma gatinha (animal) diferenciada de outras da fauna felina.
Desde o dia em que adotamos, afeiçoou de uma forma explícita comigo.
Fiquei  á imaginar: seria o meu  Anjo da  Guarda  que, desde  criança
acreditei  na existência  surrealista?  Uma  semana após a adoção,
ela, a Pepê, cismou em dormir na minha cama.  No início rejeitei,
por questões óbvias, por ela ser um animal, porém não foi possível.
com o passar dos dias, fatos inexplicáveis foram  se sucedendo. De
manhã quando desperto, a Pepê já está sentada ao meu lado,
cumprimenta, com um bom dia a seu modo, (miau) e só desce da cama
se eu levantar.
No banheiro, a gatinha fica me observando todos os movimentos, ou
seja, barbear, escovar os dentes e lavar o rosto.  O  inusitado é, ela
imaginar que eu tomo a água com o auxílio da palma da minha mão, e
quer porque quer, fazer o mesmo, diríamos, tomar a água na palma da
minha mão.
Na hora do café da manhã,  a Pepê quer a porção de ração, fazendo o
mesmo no almoço e jantar. Á noite, antes de dormir, toma a água, em
seguida falo com ela fazer o xixì na banheira de areia, obedece
fazendo as necessidades fisiológicas.
Na hora em que, eu troco de roupas para sair, por causa das obrigações
cotidianas a cumprir, ela fica me observando com feições de que não
está gostando e  como que me interrogando onde pretendo ir.  Na saída,
se digo que retorno breve, a gatinha fica me esperando na sacada da
janela de vidro, onde se pode visualizar a rua.
Há quatro anos,  tive que me submeter a uma cirurgia cardiológica. Na
noite em que permaneci na UTI, sonhei que a Pepê estava desfalecida e
estirada imóvel no jardim da minha casa.  No sonho, quando a peguei no
colo, ela começou a se reanimar, e miou com dificuldade, mas com gesto
carinhoso.  Naquele momento, tive a sensação transcendental de que a
Pepê daria a sua vida para que eu pudesse sobreviver de uma cirurgia
de risco.  Fiquei 90 dias pós-cirurgia, em recuperação, a gatinha
ficou todo esse tempo ao meu lado, dia e noite.  Agora estou
aposentado, e escrevo livros. Quando estou escrevendo, ela fica no meu
colo ou na escrivaninha do lado do computador, acredite, imagino  ou
tenho a sensação que, a Pepê, me transmite ideias inovadoras e
surreais para dar continuidade aos meus trabalhos literários, no
contexto de fatores inerentes.  CREIO que a PEPÊ, sem dúvida, deve ser o
meu ANJO da GUARDA, meu protetor, em todos os momentos,  HOJE,
AMANHÂ e SEMPRE.

Kiyoshi Ikeda

 

3 comentários:

  1. Muito legal,realmente Sr.Kiyoshi, os animaizinhos, são anjos,pois em momentos de tristeza, podemos contar com eles, estão sempre do nosso lado, um dia; estava muito triste, cheguei ao trabalho, e na casa onde passaria o dia trabalhando, tinha um canário, ele procurou chamar minha atenção, e eu dizia : passarinho, hoje não quero falar com ninguem, ele insistia, e eu não queria conversa. Ele não satisfeito, começou á cantar, sem parar,através do lindo canto daquela ave, tão pequena; Deus por grande misericórdia, me libertou da angustia que sentia. Os animais são fiéis ao que os tratam com carinho.
    Parábens, por sua gatinha.
    Abigail. Bonifácio. Eja.

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  2. Uma leitura deliciosa, daquelas que se faz sorrindo. Quem poderia não gostar da Pepê? Eu que tenho as minhas "cãopanheiras" me indentifico facilmente e dou um largo sorriso. É muito bom amar com a certeza do sempre presente retorno.

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